Os protestos dos caminhoneiros nas rodovias do Paraná chegou ao 5º dia nesta sexta-feira (25). Eles protestam contra o aumento do diesel.
Neste início de manhã, são mais de 200 pontos de manifestações, apesar do acordo anunciado na noite de quinta (24) para suspender paralisação por 15 dias. A greve também continua em outros estados.
Estradas federais
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há 69 protestos nas estradas federais. A última atualização foi feita pela PRF à 7h39.
Não há interdições totais nas rodovias federais, conforme a PRF.
Uma determinação judicial proíbe que os caminhoneiros fechem totalmente as estradas federais, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora. A decisão é de 19 de maio.
Estradas estaduais
Nas rodovias estaduais, são 134 locais onde há protestos, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O balanço da PRE é das 5h45.
O acordo
Depois de uma reunião de mais de seis horas com representantes de entidades de caminhoneiros, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes) anunciaram a proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria.
Pelo texto do acordo, os representantes das entidades de caminhoneiros que ficaram até o final da reunião se comprometeram (à exceção de um) a "apresentar aos manifestantes" os termos do acordo.
Questionado se, com o anúncio, haverá normalização da situação, Padilha disse acreditar que a "qualquer momento" o movimento dos caminhoneiros começará a ser “desativado”.
O ministro prevê que, até segunda-feira (28), estará normalizada a situação nas rodovias.
Reflexos no Paraná
Os reflexos da greve dos caminhoneiros são sentidos em diversos setores e cidades do estado.
Combustíveis
Não há mais combustíveis disponíveis em Londrina, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e em vários outros municípios do Paraná desde quinta. A informação foi divulgada sindicato que representa os revendedores, o Sindicombustíveis-PR.
Gás de cozinha
Metade das revendas de gás de cozinha de Curitiba e Região Metropolitana está sem estoque do produto, segundo a Associação Brasileira de Revenda de Gás (Abragás). De acordo com a Abragás, as distribuidoras responsáveis pelo envase do gás, não têm como transportar os botijões
Transporte coletivo
Houve redução da frota do transporte coletivo em algumas cidades.
Porto
O Porto de Paranaguá, no litoral, também foi atingido pelos protestos. A movimentação diária das operações de granéis tinha caído, até quinta-feira, 27%: de 150 mil toneladas 110 mil toneladas.
Aeroportos
A Infraero informou que os aeroportos de Londrina e Foz do Iguaçutêm combustível para um ou no máximo dois dias.
Educação
Várias universidades estaduais e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) anunciaram a suspensão das aulas devido à paralisação dos caminhoneiros.
Indústria
Cerca de 2 milhões de frangos deixaram de ser abatidos no estado em razão da mobilização. Cooperativas também suspenderam o abate de suínos.
Supermercados
Supermercados das regiões norte, noroeste e dos Campos Gerais não estão conseguindo repor legumes, verduras, frutas, carnes bovinas e frango nas gôndolas.
Ceasas
A comercialização de frutas e verduras nas cinco Ceasas do Paraná (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) caiu 80% com as manifestações dos caminhoneiros pelas estradas do país, de acordo com a central técnica.
Os centros de distribuição estão abertos, embora com poucos produtos, mas quase ninguém aparece para fazer compras.