Mourão fala em carga tributária menor e incentivos para o empreendedorismo

O General Hamilton Mourão cumpre agenda de compromissos desde o fim da tarde de terça-feira em Cascavel. Na manhã desta quarta, na Acic, o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL) deu coletiva à empresa e falou a líderes, empresários e comunidade. Um dos temas tratados foi sobre a carga tributária, que Mourão considerada elevada, e sobre o papel do Estado em desburocratizar, simplificar e desenvolver meios de estimular o empreendedorismo.
O mundo vive em clima de instabilidade e de competição acirrada, onde as novas tecnologias alteram profundamente a forma e o estilo de vida das pessoas. “O volume de informações é tanto que muitas vezes é difícil de assimilar e processar. Mas esse é o novo mundo em que vivemos e precisamos nos adaptar, inclusive os homens públicos e o governo”. O Brasil é excessivamente regulamentado e isso dificulta a abertura de empresas e retarda o processo de modernização da economia, e isso precisa ser enfrentado, de acordo com Mourão.
O Brasil chega ao seu quinto ano com déficit e, para voltar a crescer, o primeiro passo é equacionar as contas públicas. “Deve-se gastar de acordo com o que se arrecada, ajustando a máquina para evitar desperdícios e outras formas de perdas que custam caro à sociedade”. O candidato a vice-presidente falou do fortalecimento do Sisfron e de outras atividades de proteção das áreas de fronteiras, já que elas  são a raiz de muitos dos males que desafiam a segurança pública. 
Mourão informou também sobre o papel das Apaes, que trabalham alicerçadas na solidariedade e no voluntarismo e que, mesmo assim, sempre enfrentam problemas financeiros. Uma das alternativas, conforme ele, seria contar com políticas de incentivo a investidores que, como contrapartida, teriam então abate no Imposto de Renda. “Essa é uma medida que permite ver onde o dinheiro foi aplicado”. No encontro com autoridades, Mourão falou do desafio de unir o País e de fazer com que todos, à sua forma, contribuam para os avanços possíveis e que há tanto são aguardados.
 
Intervenção
Questionado sobre a defesa de alguns de intervenção militar, Hamilton Mourão disse que o Brasil é um país democrático e que esse regime derrotou vários desafios ao longo dos anos. “O mundo mudou e ainda vai mudar muito e não há espaço para intervenção”, afirmou o general. Ele também citou a contribuição de operações como a Lava Jato, e muitas outras, que ampliam investigações e expõem a todos uma forma de fazer política equivocada e que faz mal ao País.
O candidato falou também do atentado ao candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, e da falta que ele falará em semanas decisivas da campanha eleitoral. Perguntado sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, o General Mourão disse que compete aos partidos fiscalizar, entretanto reconheceu que não há, no atual processo eleitoral, nenhuma forma de auditoria, o que prejudica a transparência que se exige de um processo tão importante.
 

 

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