Empresários debatem impactos da compra do kit escolar pelo Estado no comércio varejista

Comitiva de empresários do setor de papelaria busca alternativas que beneficiem comerciantes e pais de alunos

Uma comitiva de empresários do setor de papelarias do Oeste do Paraná, liderada pelo presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar), Reni Fernande, se reuniu nesta quarta-feira, 23 de abril de 2025, com o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, para discutir o impacto da distribuição de material escolar feita pelo governo no comércio varejista local.

O encontro foi intermediado pela coordenadora de relações institucionais governamentais da Faciap, Helena Sperandio, e resultou um acordo preliminar que visa equilibrar as necessidades do governo, dos empresários e dos pais de alunos da rede pública de ensino, com ganho para todas as partes envolvidas.

Proposta

A principal proposta discutida foi a criação de um cartão/voucher com um valor equivalente ao custo do kit escolar entregue aos alunos neste ano. Esse valor seria baseado em um estudo que levaria em conta o preço mínimo dos materiais escolares. A expectativa é que essa medida incentive os pais a comprar os itens nas lojas da região, gerando mais movimentação para o comércio local.

Reni Fernande, presidente da Caciopar, ressaltou que a proposta é uma tentativa de encontrar um ponto de equilíbrio entre as necessidades do governo de garantir acesso ao material escolar e a manutenção da atividade comercial em todas as regiões do estado. “Entendemos a importância da iniciativa do governo em distribuir os kits, mas também é fundamental que os empresários do setor de papelaria possam ser contemplados de alguma forma, uma vez que a venda desses materiais representa uma parte significativa do comércio local”, afirmou.

Sobre a Distribuição do Material Escolar

Este ano, o Governo do Paraná distribuiu material escolar para todos os estudantes da rede estadual de ensino, um investimento superior a R$ 43 milhões, beneficiando mais de 910 mil alunos. A medida foi adotada com o objetivo de garantir condições de igualdade entre estudantes das zonas urbanas e rurais, além de aliviar o custo com material escolar para as famílias de baixa renda.

Os kits, que já foram entregues, incluem itens pedagógicos adaptados às necessidades de cada fase de ensino, como por exemplo, cadernos universitários, caderno de artes, lápis, borracha, canetas esferográficas e lápis de cor.

O secretário Roni Miranda foi receptivo ao pleito dos empresários e solicitou um estudo para ser entregue ao secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, e ao governador do Estado, Ratinho Júnior.  Segundo ele, alternativas que não onerem os cofres públicos e seja vantajosa para as partes envolvidas são bem-vindas. “A alternativa é vista como uma tentativa de equilibrar os benefícios sociais da distribuição de material escolar com a sustentabilidade do comércio local”, afirmou.



Álbum de fotos da reunião com o secretário da Educação

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