Críticas e comparações marcam sabatina com Requião, Gleisi e Richa

O conselheiro Guido Bresolin Jr representou a Faciap em sabatina promovida pelo Fórum Futuro 10 Paraná O conselheiro Guido Bresolin Jr representou a Faciap em sabatina promovida pelo Fórum Futuro 10 Paraná

Os três principais candidatos ao cargo de governador do Paraná – Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) – participaram nesta quinta–feira (7) do primeiro evento conjunto desta campanha. Eles foram sabatinados por lideranças do estado, em Curitiba, congregadas no Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, que reúne 16 entidades dos setores comercial, serviços e indústrias e também da classe civil organizada, dentre elas a FACIAP – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. No encontro, a Federação foi representada pelo conselheiro Guido Bresolin Jr., que também participou do debate destacando pontos como infraestrutura e planejamento.

Durante suas falas iniciais, nas respostas às perguntas do público e na entrevista coletiva final, os candidatos demonstraram estratégias de campanha diferentes, alterando propostas, comparações e críticas aos adversários.

Requião, que abriu a sabatina, por ordem de sorteio, apostou na comparação de sua gestão com a de Richa e fez críticas aos dois concorrentes, especialmente o tucano. O senador falou, principalmente, da situação financeira do estado, dizendo que, “para melhorar a segurança, é fundamental ter gasolina nas viaturas”. Também negou suspeitas que pesam contra si.

Gleisi, a segunda a falar, defendeu as ações no Paraná executadas pelo Governo Federal, do qual fez parte. Ela falou sobre investimentos no Porto de Paranaguá e prometeu criar um “PAC-Paraná”. Também fez críticas a Richa, no contexto da demora na liberação de empréstimos federais ao estado, dizendo que raramente viu o governador em Brasília para conduzir negociações.

Richa, que encerrou o evento, adotou o tom mais crítico aos adversários, entre os sabatinados. Criticou a gestão de Requião, que teria deixado o estado “em caos”, bem como a personalidade dele, que agiria com “prepotência”. Respondeu à Gleisi dizendo que os empréstimos federais atrasaram por “discriminação” do governo federal, e que foi diversas vezes a Brasília tratar do tema.

As entidades que integram o Fórum entregaram a cada candidato um documento com as necessidades para o crescimento do Paraná. O estudo, desenvolvido nos últimos dez anos, estabeleceu 11 diretrizes, sendo que quatro são prioritárias: infraestrutura, inovação e empreendedorismo, educação fundamental e ética na gestão pública.

Cerca de 300 convidados participaram da sabatina. O evento foi fechado ao público.

DESTAQUES DOS CANDIDATOS

Roberto Requião (PMDB)

– Criticou a gestão de Beto Richa, em especial a situação das finanças do estado.

– Depreciou a gestão do adversário à frente das empresas estatais, destacando o aumento nas tarifas da Copel e a mudança na divisão societária da Sanepar.

– Alfinetou Gleisi Hoffmann ao afirmar que um projeto do Senado que trata de substituição tributária está “parado nas mãos da companheira Gleisi”.

– Elogiou o Papa Francisco, a quem considera “seu líder”.

 

Gleisi Hoffmann (PT)

 

– Criticou o governador Beto Richa, no contexto da demora na liberação de empréstimos federais ao estado, dizendo que faltou empenho ao governador para solucionar o problema.

– Desaprovou o aumento na tarifa de energia elétrica no Paraná e afirmou que falta visão empreendedora no estado

– Destacou ações do Governo Federal no Paraná, como ações do PAC e investimentos no Porto de Paranaguá.

– Afirmou que irá criar uma Lei de Inovação no estado, com apoio a pequenas empresas, e também uma espécie de “PAC-Paraná”, com base em saúde, educação e segurança.

– Disse que implantará a meritocracia entre os servidores do estado, como estratégia de transparência e abertura da gestão.

 

Beto Richa (PSDB)

 

– Criticou a gestão do antecessor, Roberto Requião, a quem acusou de agir com “prepotência”, de deixar o estado “em caos” e de criar uma crise de confiança.

– Respondeu à Gleisi Hoffmann afirmando que esteve diversas vezes em Brasília para tratar da liberação de empréstimos federais. Atribuiu a demora a um ato de “discriminação” da União.

– Disse que a exigência da destinação de 2% das receitas para os pagamentos de precatórios em 2010 prejudicou as finanças do governo: “Pegou o estado em cheio”.

– Destacou feitos de seu mandato afirmando que enxugou a máquina pública e que privilegiou a meritocracia entre os servidores.

– Rebateu acusação dos adversários sobre goteiras em escolas destacando que efetuou 3 mil reformas em escolas e que fortaleceu os professores, com aumento salarial.

 

Com informações da Gazeta do Povo

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