Novos protestos, diante da crise política e econômica, são organizados em muitas cidades paranaenses. Em Maringá, a ACIM, Associação Comercial e Industrial da cidade, reuniu entidades locais para uma mobilização em frente à Justiça Federal, no centro, nesta quinta-feira (17). Os participantes, todos de preto, protestaram com faixas e bandeiras do Brasil. “Estamos fartos de impunidade. Estamos fartos da classe política tomar decisões contrárias ao clamor popular. Estamos fartos de corrupção. Estamos fartos de ilegalidade”, afirmou o vice-presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, que também é presidente da ACIM. “Não queremos tentativas de obstrução da Justiça. Não queremos mais ‘acordões’ para garantir foro privilegiado. É por isso que vamos nos mobilizamos nesta quinta-feira”.
Em Londrina, a Acil, Associação Comercial e Industrial da cidade, está convocando empresários e lideranças para fecharem as lojas na próxima terça-feira, dia 22, das 10h00 às 10h30. Nessa meia hora, os empresários vão fazer uma caminhada, protestando contra a crise no país. “A indignação é geral. O mundo deve estar perplexo com o Brasil neste momento”, afirma Valter Orsi, presidente da Acil e vice-presidente da Faciap.
Em Andirá, na região da CACENORPI, Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Norte Pioneiro, uma carta de Apoio ao STJ, o Supremo Tribunal de Justiça, foi assinada por vários presidentes de associações comerciais. O apoio vem depois de reveladas as gravações feitas pela Justiça, em que o ex-presidente Lula afirma que o STJ está acovardado. “O Brasil deu exemplo de patriotismo, sem violência, e deixou claro o que espera de nossos governantes”, afirmou a presidente da CACENORPI e vice-presidente da Faciap, Silvia Flores.
Uma carta pública também foi elaborada durante uma reunião de entidades de classe em Cascavel, com a participação da Caciopar, Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná. A ideia é manifestar apoio às investigações de casos de corrupção, feitas pela Polícia Federal. De acordo com o também vice-presidente da Faciap, e presidente da Caciopar, Sérgio Antonio Marcucci, a carta vai ser enviada para todas as associações da região do oeste do estado, e para as delegacias da PF no Paraná. “Estamos dizendo não a corrupção. Não aceitamos mais isso, vindo de nenhum governo, seja qual for o partido, seja qual for o governante”, afirmou Marcucci.
Em Foz do Iguaçu, nesta quinta-feira (17), a manifestação de repúdio contra a corrupção no país será às 19h, na Praça do Mitre. A Associação Comercial e Empresarial da cidade participou. Segundo o vice-presidente da Faciap, e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, João Batista de Oliveira, a população protesta não só contra um governo, mas contra a corrupção e a falta de ética, e pela transparência na política. “Esses são os alvos da Faciap”, diz ele.
A possibilidade de uma nova manifestação está sendo discutida na ACIG, Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava. Ainda não há uma data definida. Segundo Eloi Laércio Mancasz, presidente da Acig e vice-presidente da Faciap, as entidades estão unidas na cidade. “Nosso protesto agora é por meio da união de todas as entidades da região, como Fiep, OAB e sindicatos, contra a corrupção no país, e pela investigações das ilegalidades”, disse Mancasz.
Para Guido Bresolin Junior, Presidente da FACIAP, todas as movimentações são fundamentais para este momento crucial que o país se encontra. “Todos os protestos devem ser promovidos dentro do respeito à legalidade”, destaca o Bresolin.
