Clima de incerteza predomina no comércio paranaense

Os empresários de comércio de bens, serviços e turismo não sabem o que esperar deste primeiro semestre de 2016. Segundo pesquisa realizada pela Fecomércio PR, é a primeira vez em 15 anos que a maioria da classe empresarial, correspondente a 38% do setor produtivo, não possui expectativa definida para o rumo de seus negócios. A indefinição é decorrente da incerteza quanto à receita das empresas nos primeiros seis meses do ano, que iniciou carregado pelas mesmas dificuldades econômicas e a instabilidade política de 2015.

Em outra questão, entre os empresários que arriscam um palpite, 31% estão otimistas e acreditam que o faturamento será melhor do que em igual período do ano passado. Porém, este é o pior índice de otimismo desde que a pesquisa foi iniciada, em 2001. Os empresários que consideram que o próximo semestre será desfavorável somam 25% do total de entrevistados, enquanto os que  acreditam que tudo permanecerá da mesma forma, são 6%.

A inflação crescente, o aumento no custo das mercadorias, a carga tributária elevada e clientes descapitalizados são apontados como os principais desafios para o setor produtivo. As dificuldades citadas foram as mesmas relatadas no semestre anterior, o que demonstra que nada foi feito para melhorar as condições para o desenvolvimento empresarial.

Como reflexo das crises econômica e política, 80% dos empresários afirmam que não farão novos investimentos nos próximos meses. Dentre os poucos empresários que planejam investir, os pontos mais citados foram a compra de equipamentos, melhorias nas instalações, capacitação da equipe e propaganda.

Dos cinco polos pesquisados, os empresários da região Oeste são os mais otimistas, com 40% de respostas favoráveis. Na sequência estão os empreendedores da região Norte (34%), Curitiba e Região Metropolitana (30%), Sudoeste (17%) e Ponta Grossa (13%).

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