XVI CONVENÇÃO EMPRESARIAL DA CACISPAR

Da assessoria/Cacispar** – O convite foi feito e o público compareceu na 16ª edição da Convenção Empresarial da Cacispar, realizada na quinta-feira, 19 de julho, na Sociedade Rural de Pato Branco. Foi a primeira vez que a convenção itinerante – nas edições anteriores foram realizadas em Francisco Beltrão, sede da Coordenadoria das Associações Empresariais do Sudoeste do Paraná. Cerca 600 pessoas estiveram presentes na noite em que puderam enriquecer o conhecimento intelectual e profissional.

 

O primeiro a falar foi o palestrante Cláudio Forner, que abordou o tema “O Aprendiz”. Para ele, os participantes demonstraram que estão muito atentos às mudanças que o mundo passa neste século.  “Na minha palestra mostro a importância de o indivíduo ter uma visão clara do meio ambiente onde ele está inserido e que a decisão sob pressão acaba tendo uma importância muito grande no futuro de uma pessoa ou de um negócio. Porém, o fator tempo hoje, as mudanças circunstanciais, a velocidade com que tudo está mudando, as novas tecnologias, essa mudança disruptiva nos processos, faz com que muitos negócios tenham seus modelos envelhecidos, competindo no mesmo ambiente com empresas modernas e que tem uma visão criativa de mundo”, entende Cláudio. “O mundo passa por um revolução, essa convivência precisa ser disciplinada por um processo de capacitação, sobretudo por parte do Empreendedor. Mentes criativas oferecem alternativas diferentes do que os já outros fazem”, explica Cláudio, ex-conselheiro de Roberto Justos no Reality Show Aprendiz 5 da Rede Record de Televisão.

 

Perguntado pela assessoria de imprensa da Cacispar se o jovem empreendedor brasileiro que vem surgindo, se ele tem capacidade de impulsionar o desenvolvimento do Brasil, Claúdio afirma que sim, “pois esse jovem já nasceu dentro desse ritmo de transformações. Talvez ele não tenha todas as ferramentas, mas as ferramentas são adquiríveis. Já essa capacidade de lidar em altíssima velocidade num processo de mudança sob pressão, essa cabeça está melhor preparada”, responde Cláudio.

 

Forner lembrou que nos últimos três anos as decisões econômicas e políticas no Brasil foram péssimas. “Tem pessoas que não tomam decisões corretas sob pressão, o comportamento empreendedor sobrevive nas maiores adversidades, pode pôr a pessoa no deserto que ela dará um jeito de sobreviver. É por isso que a decisão tomada mais lenta é um modelo de negócio que ficou para trás”, conclui o palestrante.

 

Na segunda parte da Convenção,  Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, falou sobre as “Perspectivas da economia brasileira” em ano eleitoral. Maílson lembrou que o Brasil está vivendo a pior crise econômica de sua história, provocada pelo desastre na gestão pública da ex-presidente Dilma, que dilapidou 8% do PIB e gerou 13 milhões de desempregados. “Mas, dependendo do vencedor das eleições, é possível retomar o crescimento, que na faixa dos 3,5 % ao ano reduz em quatro anos a taxa de desempregados para cinco milhões, que seria administrável”, acredita Maílson.

 

Para ele, o Brasil não está mais preparado para viver cenários como a hiperinflação de 1989, quando ela superou os 80% ao mês. “Mas este risco ocorre caso um presidente mal-preparado vença a eleição de outubro, e não tenha pulso para as reformas da Previdência e o poder de articulação necessária para obter o apoio político e conquistar apoio da sociedade para as duras reformas que precisamos. Tudo isso nos levará a um ambiente terrível, combinando inflação alta com recessão.”, resume Maílson.

 

Cenários eleitorais na visão de Maílson

São três os cenários possíveis para o Brasil nestas eleições, na visão de Maílson da Nóbrega.
Cenário I – Eleição de um populista
– Segundo turno entre candidato de esquerda e Bolsonaro.
– Cenário menos provável.
Cenário II –Sem Alckmin e Bolsonaro
– Segundo turno entre Marina e candidato da esquerda.
– Vencedor: Marina.
Cenário III – Bolsonaro se esvazia
– Segundo turno entre Alckmin e candidato de esquerda.
– Vencedor: Geraldo Alckmin (cenário mais provável).
Candidatos com baixas chances:
– Henrique Meirelles e Álvaro Dias

Nestes cenários, Maílson acredita que Alckmin tende a ser tornar o candidato com maior densidade eleitoral pela estrutura que trará à campanha, “que ainda são relevantes para o resultado das eleições”, afirmou. Vai mais além e dá os três nomes com chances de chegar na corrida presidencial, que são Marina Silva, alguém do PT e Alckmin, que tende a chegar no segundo turno e tende a ganhar.

Sobre Lula, Maílson disse querer ver ele de candidato pra ver o tamanho da rejeição que ele teria nestas eleições devido aos escândalos de corrupção de seu partido. “Quando o Lula ganhou, era o candidato populista, o ‘lulinha paz e amor’. Com essa popularidade de hoje, não acredito que ele venceria, caso fosse candidato”.

 

Avaliação do evento

Para Carlos Manfroi, vice-presidente da Cacispar, “felizmente pelo trabalho realizado pela Cacispar e suas associações empresariais foi um sucesso. Conseguimos um bom público, pois é uma época onde vivemos momentos de incertezas. E as duas palestras propostas vieram a contribuir com informações nos contextos político e econômico do Brasil”.

 

Marco Tadeu Barbosa, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná, contou que não conhecia Pato Branco, e mostrou-se surpreendido com a beleza e hospitalidade dos habitantes. Disse ainda que “nesse País não adiante apenas cobrar do poder público, é preciso agir, arregaçar as mangas, e a classe empresarial está bem preparada”. Ele também parabenizou Jair dos Santos, presidente da Cacispar, pela acolhida e organização do evento. “É um momento de aproveitar bem esse momento de transferência de conhecimento”, completa Jair.

**Com informações do site jornaldebeltrao.com.br

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