Faciap lidera manifesto do setor produtivo

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), em conjunto com as entidades integrantes do setor produtivo do Paraná, protocolou, nesta sexta-feira (27), junto ao Governo do Paraná, o Manifesto do Setor Produtivo do Paraná. Endereçado ao governador Carlos Massa Ratinho Junior e ao vice-governador Darci Piana, o documento trata dos desafios no enfrentamento à pandemia causada pelo Covid-19 (novo coronavírus) e pede a reabertura gradativa das atividades econômicas.

O manifesto deixa clara a preocupação com os rigorosos protocolos de convivência e de práticas sanitárias às empresas e aos comerciantes em geral, mas argumenta que é “possível manter a atividade empresarial e, principalmente, a manutenção dos empregos, sem grave afetamento à saúde social e dos colaboradores.” Todas as coordenadorias de associações comerciais e empresariais do Estado assinaram o manifesto, inclusive a Cacispar, que compreende 36 ACEs da região Sudoeste.

O presidente da Cacispar, Carlos Manfroi, explica que são 23 sugestões relacionadas no documento enviado ao Governo do Estado. “O movimento associativista do Paraná tem mantido reuniões frequentes, por vídeo, para debater o panorama decorrente das medidas para combater o coronavírus. As entidades estão conscientes de que a humanidade vive época de provações e temos que tirar lições disso para sairmos mais fortes.”

Paralelamente às medidas de saúde, a Faciap e a Cacispar estão preocupadas com as consequências econômicas provocadas pelas medidas de isolamento social. “É algo que precisa ser discutido, pois as empresas, a partir do momento em que não vendem ou não prestam serviços, ficam impossibilitadas de honrar com seus compromissos. Isso pode desencadear uma série de problemas, como a demissão de colaboradores”, pontua Manfroi.

O presidente da Cacispar acrescenta que, com rigorosos protocolos de convivência, as empresas possam voltar gradativamente a trabalhar. “Obviamente, não da maneira normal, mas com regramento específico, com orientações dos nossos governantes de como pode ser feito.”

Sugestões
Além de solicitar a reabertura gradual das atividades econômicas a partir do próximo dia 31 de março, o manifesto contem outras duas 22 sugestões ao Governo do Estado, entre elas:
– focar estratégia de quarentena e isolamento para os grupos de risco, liberando parte da força de trabalho para retorno às atividades, priorizando, quando possível, o home office;
– permitir que as empresas operem com horário ampliado, para evitar aglomerações e possam distribuir os atendimentos;
– determinar o funcionamento das indústrias, do comércio e de serviços, mesmo que seja em regime de escalas com suas equipes alternadas caso o setor produtivo tenha essa possibilidade (adequando a cada tipo de segmento); 
– garantir aos colaboradores que se enquadram no grupo de risco fiquem de quarentena, com subsídio financeiro (garantia de salário) pelo Estado;
– criação de canais de atendimento via Whatsapp, telefone e e-mail por parte de todos os órgãos estaduais, para recebimento de documentos e solicitações, com atendimento imediato, maximizando a automatização dos processos e a digitalização do governo; 
– liberação urgente de linhas de crédito para as empresas, com negociação, envio de documentos e liberação online;
– eliminar as bonificações acima do salário para todas as esferas públicas, inclusive Legislativo e Judiciário, exceto pessoal da área da saúde e segurança.

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