CORREDOR DO SUDOESTE

Estado ainda não definiu plano de modernização da PR-280, mas lideranças relutam em pedágio sem contrapartida do governo.

 

Empresários da região também estão atentos quanto aos projetos da PR-280, principal rodovia que corta o Sudoeste. O setor, através da Cacispar, participa dos debates sobre o futuro do Corredor Sudoeste e uma das teses é o modelo chamado de pedágio de conservação, o que aconteceria somente depois de o Estado recuperar e modernizar o trecho.

Essa é a proposta defendida pelo presidente da Associação Empresarial de Realeza (Aciar), Paulo Sergio Bueno, que se diz contrário a um pedágio mais amplo. “Acredito que se existe, de fato, essa necessidade de conceder a rodovia ao setor privado, que seja somente para conservação. Um modelo ideal seria o Estado investir em terceiras faixas, em trevos, na readequação do pavimento e melhoria da sinalização e somente depois de tudo isso pronto fazer a privatização, para que a concessionária faça a manutenção da rodovia”, defende.

Paulo, que também é vice de Comunicação da Cacispar, acredita que desta forma o custo do pedágio poderia ser reduzido significativamente, já que a empresa vencedora da concessão faria somente a manutenção da estrutura já existente. Além disso, o processo teria a participação do Estado: seria uma espécie de meio termo entre somente o Estado investir e manter e a privatização integral do trecho.

O processo, no entanto, deve ser tratado com cuidado e debatido com a sociedade, na análise de Paulo, já que o modelo de concessão irá impactar diretamente na economia regional. “Pedágio caro significa frete mais caro e isso vai interferir na parte comercial dos municípios ao longo da rodovia, reduzir nossa capacidade de atrair novas empresas e ainda onerar mais o usuário que se desloca”, pontua.

Outro ponto levantado pelo dirigente é a necessidade de que as melhorias priorizem a segurança: “temos que buscar um modelo justo, com a participação de todos e que nos permita ter uma rodovia mais segura”.

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