Lançado em junho deste ano, o Comitê Territorial do de Desenvolvimento do Ambiente para Pequenos Negócios do Norte Pioneiro se reuniu pela primeira vez na terça-feira, 25, sob coordenação do Sebrae, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do Norte Pioneiro. A ideia é investir na industrialização do alimento.
No primeiro encontro houve a adesão de representantes de 18 entidades, entre elas das prefeituras de Bandeirantes, Ribeirão Claro, Wenceslau Braz, Santo Antônio da Platina, Jacarezinho, Andirá, Siqueira Campos, Emater, Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), Coordenadoria das Associações Comerciais, Federação das Associações Comerciais, Instituo Federal de Jacarezinho, Sicred, Sicoob, associações comerciais de Jacarezinho, Andirá, Joaquim Távora e Wenceslau Braz. Representantes de outras oito associações comerciais justificaram ausência.
O Comitê tem a finalidade de trabalhar pela melhoria do ambiente empresarial e para o fortalecimento do setor de alimento da região.
Segundo o consultor do Sebrae, Odemir Capelo, o cenário de desenvolvimento do Norte Pioneiro para um futuro não muito longínquo não é pode ser considerado promissor diante do atual cenário. “Temos previsão de perdas drásticas de população, fato que reduz os repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Também não vislumbramos políticas públicas voltadas à geração de empregos, ainda temos o pior Produto Interno Bruto (PIB)do Estadoe outros fatores que com o decorrer dos anos, só tendem a prejudicar ainda mais a região. É por isso, que alguma coisa precisa feita agora, mas ninguém faz nada sozinho, por isso houve a necessidade da criação do Comitê, que a partir de agora, vai estudar, pesquisar e colocar em prática, estratégias para recuperar o Norte Pioneiro e melhorar a qualidade de vida da população”, explicou.
Estudando há anos a situação regional, Capelo acredita que o quadro pode mudar se a região investir no setor da industrialização do alimento. “Apesar do quadro nada promissor, temos o quinto melhor Valor Bruto de Produção (VBP), ou seja, vendemos muito produto alimentício em natura, ou seja,não industrializado. A saída pode ser a industrialização, ou seja, aqui produzimos, aqui industrializamos. Com isso aumentamos o PIB, a renda dos moradores e por consequência, o desenvolvimento da região”, resumiu.
Para chegar a esse ponto, o consultor avisa que é preciso conscientizar, principalmente, os administradores públicos. “As políticas públicas são muito importantes nesse processo. Também vamos precisar do tempo e da boa vontade das universidades, dos estudantes, das associações comerciais, das cooperativas e também da imprensa, que ajuda a divulgar todas as estratégias e a sensibilizar os setores envolvidos ”, comentou.