Ação estimula a doação de órgãos e tecidos

elvisenfermeiro2 Elvis fala da importância da orientação e da conscientização para doar

É cada vez maior o número de brasileiros que entende a importância de ações e programas de captação de órgãos e tecidos. Intensas campanhas de orientação são desenvolvidas para mostrar a importância de um gesto que salva vidas. O assunto entrou na pauta da reunião empresarial da Acic na noite de quinta-feira. O tema foi apresentado pelo enfermeiro Elvis Rocha, da OPO (Organização de Procura de Órgãos e Tecidos).

Cascavel integra a Central Estadual de Transplantes, ligada à Secretaria de Estado da Saúde. Há unidades de recepção em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Aqui, a área de abrangência é de dois milhões de habitantes, agregando municípios do Oeste e do Sudoeste do Paraná. Atualmente, são 1,4 mil paranaenses à espera de órgãos, principalmente de córneas, rins, fígado, coração, pâncreas e rins.

A conscientização quanto ao ato de doar está proporcionalmente associada a manifestar, em vida, o desejo de participar da campanha. “Não precisa nada por escrito, basta informar a família de que quer ser doador”, disse Elvis. Mesmo com todas as iniciativas de orientação, a chance de ser doador é de apenas 3%, por outro lado a de ser um receptor é de 97%. Em Cascavel, o índice de doação é de 26 para cada grupo de um milhão de habitantes.

A média local é maior que a do Paraná, que ocupa a terceira colocação entre os estados brasileiros, com 20 doações por milhão. Está atrás de Santa Catarina, com 35 por milhão, e do Distrito Federal com 29 por milhão. Cascavel é a segunda cidade no Estado em doações, perdendo apenas para Curitiba. De janeiro a agosto houve 102 notificações de morte encefálica, dessas, 45 decidiram pela doação (44,1%). Houve 17 recusas familiares e 16 pessoas tinham contraindicações à doação. No Paraná, das 622 notificações, 240 levaram à doação (38,5%). 

Tipos de doadores

A Organização de Procura de Órgãos e Tecidos conta com folder que dá dicas sobre a doação. Há dois tipos de doadores: falecido – paciente internado usando respirador com morte encefálica, geralmente depois de traumatismo craniano ou derrame cerebral. Somente após a confirmação da morte encefálica a doação é possível. Com autorização da família, a retirada dos órgãos é realizada no centro cirúrgico do hospital. O outro é o doador vivo, que é qualquer pessoa saudável que concorde com a doação de rim ou medula óssea e, ocasionalmente, com transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus familiares.

A doação para não parentes depende de autorização judicial. Os órgãos que podem ser doados são: rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como ossos, tendões, córneas, pele e válvas cardíacas. Os primeiros pacientes compatíveis são os que aguardam em lista única da Central Estadual de Transplantes. Informações adicionais em Cascavel podem ser conseguidas pelo telefone (45) 3321-5505. 

Fonte: assessoria de imprensa ACIC

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