Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda define novo piso mínimo regional

Faciap, como integrante do conselho, participou ativamente das discussões para a definição dos novos valores

Nesta sexta-feira (17), o Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (CETER) definiu os reajustes das faixas salariais do piso mínimo regional. A decisão foi tomada durante reunião realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (filiado à Força Sindical do Paraná), com base na política nacional de valorização do salário mínimo, implantada em 2023.

A Faciap, como membro do conselho ao lado de representantes das centrais sindicais, do empresariado e do governo estadual, contribuiu para o consenso alcançado. O novo piso atende categorias que não possuem acordos ou convenções coletivas de trabalho ou organização sindical, mantendo o Paraná como o estado com o maior salário mínimo regional do país.

“A definição do piso regional no Paraná é fruto de um diálogo constante e equilibrado entre todas as partes envolvidas no Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda. Esse reajuste é fundamental para categorias que não têm sindicato constituído ou acordos coletivos e reflete o compromisso do estado em garantir condições dignas de trabalho”, afirmou o presidente da Faciap, Flavio Furlan.

“Embora o Paraná mantenha o maior salário mínimo regional do país, é importante destacar que temos trabalhado ano a ano para ajustar os valores de forma responsável, considerando a realidade econômica e as diretrizes da política nacional de valorização do salário mínimo”, complementou. 

O presidente destaca que a Faciap reforça o compromisso de continuar representando os interesses do setor empresarial e contribuindo para o equilíbrio entre as necessidades de trabalhadores e empregadores no Paraná. 

“Reforçamos que o piso regional é uma medida justa e necessária para proteger trabalhadores não sindicalizados, ao mesmo tempo em que respeitamos a sustentabilidade das empresas paranaenses. A Faciap continuará atuando para representar os interesses do setor empresarial, promovendo sempre um ambiente de diálogo construtivo e responsável”, enfatizou. 

“E saibam, a classe trabalhadora, que os empresários gostariam de bem remunerá-los ainda mais, e o fariam se houvesse políticas públicas responsáveis de desoneração da folha de pagamento”, finalizou.

As faixas salariais aprovadas foram:

GRUPO I
Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca
R$ 1.984,16 (Reajuste de 6,85%, aumento real de 1,99%)

GRUPO II
Trabalhadores de serviços administrativos, serviços gerais, vendedores em lojas e mercados, e trabalhadores de reparação e manutenção
R$ 2.057,59 (Reajuste de 6,78%, aumento real de 1,91%)

GRUPO III
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
R$ 2.123,42 (Reajuste de 6,71%, aumento real de 1,85%)

GRUPO IV
Técnicos de nível médio
R$ 2.275,36 (Reajuste de 6,58%, aumento real de 1,73%)

Agora, a resolução segue para sanção do governador Ratinho Junior.

Sobre o CETER

O CETER, criado em 1994 e ligado à Secretaria Estadual do Trabalho, é composto por 18 membros: 6 representantes dos trabalhadores, 6 do empresariado e 6 do governo estadual. Sua atuação tripartite e paritária garante que as decisões sejam construídas de forma democrática e equilibrada.

As negociações sobre a valorização dos pisos salariais contaram ainda com o assessoramento de três órgãos técnicos:

  • Superintendência Regional do Trabalho (SRTE-PR)
  • Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)
  • Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (DIEESE)

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