Planejamento em Logística de Transportes

O planejamento é vital em qualquer atividade, seja no setor público, no setor privado e até mesmo em nossas vidas pessoais. Planejar o futuro significa traçar um rumo para nossas vidas, para nossas empresas e para nosso Estado e País.

O planejamento em logística de transportes é mais vital ainda, pois dele depende a execução de obras em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos que trarão benefícios tais como o aumento da segurança, a redução da gravidade de acidentes, a fluidez do transito e das cargas e a redução do custo logístico, o tão conhecido custo Brasil

Normalmente um Plano Estadual de Logística em Transportes, conhecido como a sigla PELT, é realizado por governos estaduais, porém sabemos que a política brasileira remete a visões de mais curto prazo, muitas vezes que envolvem apenas um mandato de 4 anos, e obras estruturantes de infraestrutura que levam anos para saírem do papel muitas vezes são deixadas de lado e substituídas por outras de execução mais rápida, dentro do período de um governo.

Estas visões de curto prazo muitas vezes distorcem a logística de transportes, pois uma obra rodoviária fica pronta em 2 ou 3 anos enquanto uma obra ferroviária, que traria redução maior do custo logístico, menor emissão de carbono e maior segurança leva de 8 a 10 anos para ser concluída. Desta forma o modal rodoviário ganhou força no Brasil em detrimento do ferroviário, que é muito mais eficiente para cargas do agronegócio e no transporte de contêineres, especialmente em distancias superiores a 500 km

Felizmente temos visto mudanças nesta visão política em alguns estados, e especialmente no Paraná, a visão de Estado está se sobrepondo a visão de Governo. Recentemente o Governo do Estado lançou o “Banco de Projetos”, um rol de projetos executivos preparados para que, quando os recursos estiverem disponíveis, as obras possam ser realizadas com garantia de qualidade, prazo de execução e orçamento correto.

Felizmente também no Paraná, além do Governo do Estado ter esta visão “estadista” de longo prazo, a sociedade civil organizada, representada pelas federações que representam o setor produtivo, a FIEP, a FAEP, a FECOMERCIO, a FACIAP, a FETRANSPAR, a OCEPAR e a ACP, juntamente com o IEP Instituto de Engenharia e o Movimento Pró Paraná, se unem para discutir o tema de planejamento logístico e preparam materiais com a descrição de obras necessárias e sua priorização. Estes materiais são entregues aos candidatos ao governo e aos governantes eleitos para que sejam então discutidos e principalmente executados.

Esta junção de esforços do Poder público com a Iniciativa Privada traz um planejamento de longo prazo e este torna-se perene, pois, independente de quem esteja no governo, o plano deve ser seguido. Esta união, setor produtivo e poder público também com a participação da academia, tem sido um diferencial para o crescimento do Paraná.

Vamos em frente

João Arthur Mohr

Gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep

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