Uma tarde de muito conhecimento no Congresso Empresarial

A programação do Congresso Empresarial Paranaense da Faciap, que ocorre em Foz do Iguaçu-PR, foi aberta no período da tarde pelo palestrante Carlos Júlio, cofundador da Digital House Brasil, que falou sobre o tema “Quanto tempo o tempo tem”.

Júlio ressaltou a importância da administração do tempo para a saúde e para a vida. “Quero ter mais vida no tempo, já que o contrário não posso ter”, disse ao destacar que é preciso identificar os ladrões do tempo no dia a dia, citando como exemplos as redes sociais e o whatsapp. Destacou, também, a necessidade da mudança de comportamento para aqueles que ainda não sabem administrar seu tempo. “Temos que remover o velho para dar lugar ao novo. Se não fizermos a nossa transformação, também não será possível fazer a transformação dos negócios”, afirmou em sua palestra.

Planejamento

Para fazer uma melhor gestão do tempo, o especialista recomenda principalmente o planejamento e a organização. “A sugestão é você organizar sua semana no domingo, por exemplo” e ter claro o que quer? O que eu quero para mim, para meu negócio, para minha família. “Se você não tiver sonho, não precisa de planejamento”, afirmou.

 

Habitats de Inovação

 

O vice-presidente de Inovação da Faciap, Ronaldo Couza, e o vice-presidente para assuntos de Planejamento, Carlos Roberto Santos Guedes, lançaram a Rede de Habitats de Inovação Faciap. O objetivo é reunir as redes de inovação constituídas no Estado, vinculadas às associações comerciais, e fazer a integração entre eles, além de explorar o potencial de cada unidade.

 

Saúde mental não é benefício. É cultura

 

O médico psiquiatra Pedro Shiozawa ministrou a segunda palestra da tarde sobre “Saúde mental para as pessoas e resultados para as empresas”. Ele falou da importância da saúde mental e deu algumas dicas sobre o novo comportamento empresarial, com foco voltado para a saúde do trabalhador.

Após citar pesquisas e exemplos de como a saúde influencia na produtividade das empresas, Shiozawa disse que o corpo oferece alguns sinais de estafa mental e “não podemos normalizar o problema”, que são:

Falhas de memória

– Estafa e sintomas físicos

– Mudança de padrões

– Irritabilidade constante

– Problemas com o sono.

Shiozawa disse que para que as empresas tenham resultados eficientes, a saúde mental precisa estar na estratégia da organização. E ressaltou que as empresas precisam criar um ambiente em que as pessoas possam pedir ajuda, cabendo ao líder escutar, validar e avaliar todas as ocasiões. Uma pesquisa realizada em 2022, pela primeira vez, apontou que a saúde mental aparece como um dos principais desafios na gestão de pessoas e um dos grandes vilões, neste aspecto, é o ambiente tóxico. O médico psiquiatra citou seis pilares capazes de mudar esse cenário e estimular o engajamento da equipe. São eles: realização, autonomia, reconhecimento, relacionamento, justiça e propósito.

 

Perspectiva econômica para o Brasil

 

O ex-presidente do Banco Central do Brasi, Gustavo Loyola, abordou as perspectivas para a economia brasileira. Ele disse acreditar que a reforma tributária trará o aumento da produtividade por uma série de fatores e não apenas por mexer nas alíquotas de impostos. Além disso, disse que o problema que o país tem para ser mais competitivo se chama custo Brasil.

Ele comentou sobre os reflexos da guerra entre Israel e o Hamas para a economia brasileira.. “Caso o conflito se generalize, poderia haver impactos substanciais sobre o petróleo, o que ocasionaria mais pressões sobre a inflação. Isso, aliado a uma percepção de risco maior global, poderia levar os bancos a ficarem com os juros ainda mais altos”, disse.

O economista também falou sobre a projeção de crescimento de 2,6% do PIB, a desaceleração para 2024, o bom desempenho da agropecuária e da reforma tributária.

Macroeconomia

Ao citar o cenário macroeconômico mundial, Loyola disse que desaprova a dolarização da economia, com o fechamento do Banco Central, propostos pelo presidente eleito da Argentina. Disse que o grande problema da dolarização é que a política monetária do país será coordenada pelo banco central dos Estados Unidos. “E o que é bom para a os EUA pode não ser bom para a Argentina”, disse.

Loyola disse, também, que o Brasil precisar explorar novos mercados mundiais para evitar a dependência integral da China. Depois que a China passou a ter uma política mais agressiva com Taiwan, os países começaram a ficar mais atentos e estão seguindo a máxima de que não se deve colocar os ovos todos numa mesma cesta. “Estamos vivendo uma mudança de mentalidade em que tanto governos quanto empresas estão incentivando a diversificação das forças de suprimentos de componentes, equipamentos, etc. E quem se beneficia disso são países asiáticos, o Mexico, e o Brasil pode ser beneficiar disso também.

 

Cesar Ricetti, dos pequenos negócios!

 

O Sebrae também teve um momento para apresentar seus serviços no Congresso Empresarial Paranaense, da Faciap. O gerente estadual da unidade de ambiente de negócios, Cesar Ricetti, falou sobre a importância do pequeno negócio para a economia e para a geração de emprego nos municípios. Abordou a participação das MPEs e fornecedores locais nas compras públicas: “Isso é dinheiro que fica no município”, afirmou. Ele também anunciou uma parceria com a Faciap, que será estendida às associações comerciais, visando levar cursos e palestras para incentivar o empreendedorismo nos municípios. Após apresentar dados sobre a força das micro e pequenas empresas na economia, Ricetti destacou as salas dos empreendedores, parceria realizada com as prefeituras para formalizar pequenos negócios.

 

O Império da Eficiência

 

Renata Vichi encerrou a programação de palestras do primeiro dia do Congresso Empresarial Paranaense, da Faciap, e encantou a plateia com sua história de sucesso, sua energia e inspiração frente aos desafios. Ela é empresária, CEO do Grupo CRM que compreende a Kopenhagen, Brasil Cacau e Kop Koffee, além de ser membro do Conselho da Arezzo & Co.

Ela compartilhou sua jornada de sucesso, seus desafios e as alegrias de equilibrar seus papéis como mulher, mãe, esposa e filha. E falou com orgulho do legado de sucesso que está construindo no grupo CRM.

Contou sua história à frente do Grupo CRM, detalha como sucedeu o pai na companhia e como conseguiu imprimir sua cultura de liderança na Kopenhagen fazendo a marca saltar de cem para mais de seiscentas lojas.

Renata abordou o comportamento de um líder frente ao mercado: “Quando se disponha a ser um líder, você precisa aprender um compromisso de doação”, afirmou, ao destacar o desafio não pode ser o obstáculo que te trava. Mas o gatilho que te impulsiona para frente; não se conforme com as máximas que o mercado tenta nos impor.

Confira algumas lições valiosas que a empresária paulistana compartilhou:
– O exemplo é o combustível mais poderoso que pode existir em uma história de sucesso.

– Quando você se dispõe a ser um lider, você precisa assumir um senso de compromisso de doação.

– A liderança precisa ser inspiração, considerando o cuidado, atenção, carinho e oportunidade aos colaboradores.

 

Leia mais:

Associativismo não é filantropia, diz presidente da Faciap
Faciap realiza o Congresso  Empresarial Paranaense

O maior perigo hoje não é errar, mas ficar parado

 

Alguns fotográficos:

24 11 Congresso Empresarial Paranaense – Manhã

24 11 Congresso Empresarial Paranaense – Tarde

24 11 Congresso Empresarial Paranaense – Bastidores

 

 

 

Post recentes