A cidade de União da Vitória foi sede da primeira reunião do ano da Cacesul – Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do CentroSul do Paraná. O encontro aconteceu no auditório da Melo Advogados, no dia 5. Estiveram presentes presidentes dos municípios integrantes da Coordenadoria Regional, além do deputado estadual Hussein Bakri, dos representantes da FACIAP Raphael Siqueira e Marcio Ercilio, do coordenador de projetos e orçamento da SEFA – Secretaria de Estado da Fazenda, João Giona, do presidente da AMSULPAR – Associação dos Municípios Sul Paranaense e prefeito de Bituruna, Claudinei Castilho e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Urbanismo, Luilson Schawrtz, representando o prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv.
A Coordenadoria é presidida atualmente por Maria Salette Rodrigues de Melo. Para ela, o encontro foi importante para o futuro dos empreendedores paranaenses, principalmente os da região de União da Vitória.
A primeira parte da reunião foi voltada para assuntos internos da entidade como a prestação de contas, a apresentação feita pelos representantes da FACIAP, da Rede de Benefícios FACIAP e da divulgação do calendário de 2016 de atividades da CACESUL. Também ficou definido que em setembro, União da Vitória será sede da Convenção Anual da CACESUL.
Termoelétrica e Usina do Xisto
Em seguida, a pauta ficou por conta da instalação da termo elétrica e a crise na unidade da Petrobras de industrialização de xisto em São Mateus do Sul. Para falar do assunto, o deputado estadual Hussein Bakri confirmou o apoio do vice-presidente Michel Temer em levar o assunto até à diretoria geral da Petrobras. “O fechamento é uma possibilidade real. É pura questão econômica. Temos de ser verdadeiros, ser tudo preto no branco, se está dando prejuízo, fecha”, disse o deputado sobre as respostas que estão sendo fornecidas pela empresa acerca da desativação da unidade. Conforme Bakri, as decisões, a partir de agora, serão mais objetivas. Uma delas será anunciada pelo próprio governador do estado, Beto Richa, no dia 17. Richa vai até São Mateus do Sul para entregar uma liberação ambiental que estava parada há cerca de 5 anos no Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Essa liberação dá direito de exploração do lastro, que é uma espécie de resíduo que fica no fundo do tanque de petróleo e pode ser processado e misturado com o xisto para virar combustível. “Essa liberação, se consolidada, representaria um acréscimo de faturamento na ordem de R$ 80 milhões por ano”, conta Bakri.
Hoje a Petrobras processa 40 toneladas por dia do lastro, porém precisa aumentar esse número para 360 toneladas ao dia, gerando economia para a estatal que gasta cerca de R$ 100 milhões no ano com a queima desse produto em cimenteiras.
Outro debate ficou por conta da instalação da termelétrica na região. Em novembro passado Jonel Iurk, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copal, veio a União da Vitória, junto de uma comitiva formada por engenheiros e pesquisadores da Companhia, em busca de um combustível para a nova termelétrica. O encontro teve a intenção de mostrar que a madeira explorada aqui pode servir, também, para a geração de energia. É quase que um novo ramo para quem vive do pinus e eucalipto. A ideia é investir cerca de R$ 200 milhões na construção de uma termoelétrica movida a biomassa. A usina será construída para a capacidade máxima de produção energética.
Na ocasião, a ACEUV – Associação Comercial e Empresarial de União da Vitória ficou responsável por encabeçar a proposta junto aos empresários. O presidente da entidade, Daniel Breyer, confirmou que uma resposta de toda a categoria será entregue em breve à Companhia. “Vamos fazer uma reunião na próxima semana com as entidades, com os empresários e Amsulpar e Aceuv para realizar a solicitação de respostas, que foram feitas após a reunião de apresentação de 2015”, comentou. Segundo o presidente, somente após esse encontro que um posicionamento será tomado. “Visto que tem uma demanda de 25 anos de fornecimento de cavaco”, explicou.
As questões giram em torno do preço do cavaco, base de umidade que será absorvida pela termelétrica, variação de preço e quais serão os índices de correção aplicados anualmente durante o contrato de fornecimento. “Precisamos dessas respostas para efetivamente oficializar uma resposta de toda cadeia”, reforçou Breyer.
O local onde será construída a termoelétrica, a geração de emprego, renda e movimentação econômica, além da contagem de matéria prima necessária para o funcionamento da termoelétrica ainda não foram divulgados. A partir de um contrato firmado entre empresários e Copel é que os números serão definidos.
Orçamento Paraná
Ainda durante o encontro, João Giona apresentou quais são as perspectivas de investimento e crescimento do Estado ao longo do ano. Giona falou em R$ 55,6 bilhões em gastos. Todo esse montante está contabilizado entre as três despesas do Estado: fiscal, orçamento de investimentos e previdência.
Próxima reunião Cacesul
A próxima reunião da Coordernadoria está marcada para o dia 1° de abril em Bituruna.
Fonte: Assessoria de Comunicação – ACEUV